Qualquer dúvida sobre a volta de Kaká à Seleção Brasileira e o quanto seria duradoura acabou depois de 140 minutos de futebol e nove dias de convivência. Os jogos contra Iraque e Japão serviram para que o meia do Real Madrid se entrosasse com o novo grupo, mostrasse que ainda pode ajudar dentro de campo e, acima de tudo, apresentasse o encaixe perfeito para assumir o papel de referência tão desejado por Mano Menezes.

Afastado desde 2010 da Seleção, Kaká deixa a Polônia com a certeza de que será chamado novamente por Mano, assim como o próprio treinador deu a tender em sua primeira entrevista no país. Segundo ele, haverá uma separação entre o jogador da Seleção e do Real, deixando sua evolução com camisa verde e amarela independente.

E Kaká, pelo menos nos primeiros testes, foi aprovado. Logo na reestreia diante do frágil Iraque por 6 a 0, o meia teve participação ativa no jogo, fez um gol e deu sinais de que ainda teria muito a oferecer para a Seleção. A confirmação veio diante do Japão, quando esteve ainda melhor, com mais um gol, arrancadas e tabelas produtivas com Neymar.

O bom desempenho fez Mano dizer que Kaká levou personalidade à Seleção. "Saio feliz. Meu propósito era aproveitar isso. Com esse elogio do Mano, é sinal de que eu aproveitar da forma que eu gostaria. Estou satisfeito com o meu desempenho e foi bom também a nível pessoal porque não tenho jogado com tanta frequência. Agora vou pensar no Real Madrid para depois ver a próxima convocação como vai ser", disse o meia.

Desta forma, Kaká é nome certo na lista que será divulgada no final do mês para o amistoso contra a Colômbia, em New Jersey, no dia 14 de novembro. Será mais uma oportunidade de integração com um grupo jovem, formado basicamente por jogadores antes desconhecidos dele.

Neste primeiro momento, a relação entre Kaká e os demais jogadores transcorreu de forma natural. O meia brincou durante os treinos, organizou o time em campo e integrou-se aos novos atletas sem causar impacto negativo. "A forma como fui recebido dentro do grupo foi mais surpreendente, eu acho. Conhecia menos da metade do grupo. A forma como me receberam, eu fiquei muito à vontade", contou.