Sexta feira treze
Se eu parasse pra contar
Quantos gatos pretos
Cruzaram meu caminho
Quantos espelhos
Eu quebrei herdando
Os sete anos de azar
Quantas escadas
Eu distraído
Passei por debaixo
Quantas corujas
Eu vi me observando
Fria e assustadoramente
Quantas roupas no avesso
Fizeram parte
Do meu figurino
Quantos uivos
Ouvi nas madrugadas
Dos lobisomens da vida
Quantas vezes passei
Pelo cemitério sombrio
Sem olhar pro seu lado!
Quantos ingredientes
Para rechear o cardápio
De uma sexta-feira treze
Seja bem-vinda
Senhora macabra
Que do seu cadeirão de bruxa
Surja a poção da paz
Que seu azar seja sorte
Que sua morte seja vida
Que seu cinza seja azul
E que as cruzes do terror
Sejam braços abertos pro amor.
Josué Basílio Oliveira
12/11/09
Quinta- feira
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JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO
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