Verde vinho
Eu não tinha motivos pra voltar pra casa,
Você não estaria me esperando, eu sabia disso,
Saí do trabalho e de braços dados com a madrugada,
Comecei a vagar sem rumo e compromisso.
Fazia um frio imenso na minha terra e em minha vida,
O pensamento te buscava pelos sons da minha cidade,
Tateando no escuro como quem perdeu sua visão,
Feito um triste e errante cego de saudade.
De repente luzes em um pequeno bar,
Conduziram-me aquele local aconchegante,
Abriguei-me do frio e um doce velhinho,
Aproximou-se e me falou: “que rapaz elegante.”
Um Lusitano, sua terra ficara atrás do mar,
Saudades era o que tínhamos de comum,
E a tristeza de caminhar sozinho
Numa noite fria e sem motivos nenhum.
Bebia de um vinho verde, cor de esperança
E me fez lembrar-se dessa musica tão triste,
Cantamos juntos e todo bar acompanhou,
Ele bêbado, e eu com toda dor, que no mundo existe.
Parti, já com a manhã a me fazer companhia,
A camisa amarrotada como os pedaços de mim,
Entrei no meu mundo e vim escrever,
Mais essa história que a vida viveu em mim.
Josué Basílio Oliveira
07/06/09
5.45h
Domingo
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JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO
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