No meio da neblina.


A manhã amanheceu cinzenta
A neblina espessa e nevoenta
Apagava com seu cinza o sol amigo.

Seus olhos procurando na luz o seu abrigo
Ficaram cegos na cortina que surgiu como parede
Atingido na árdua luta, procurando as respostas com sede.

Gritou pela paz que lhe faltava num grito surdo
Mas o eco respondeu seu clamor e ficou mudo
Abraçado pela fumaça que as juntas faziam geladas,

Sentou sem força e sem motivo no úmido chão da estrada.
Ele sempre apaixonado pela vida com tanto zelo
Sente mais uma vez ser do destino um beijo de gelo.

A estrada é longa e caminhar é urgente
E no meio do caminho o atropelo é permanente
Tenta se levantar sentindo as dores do frio que congela

E tropeça cambaleante na impotência que se revela.
Olha pro alto é ali que deve ser o céu
Em meio a mistérios e nuvens que se espalham como véu.

Bate forte uma tristeza, uma vontade incontida de chorar
Ninguém na estrada pra sua dor consolar?
E dividir também os momentos que lhe insistem em machucar?

Quando um vulto ruflando suas asas vigorosamente aterrissa
Carinhosamente cuidando as ferida sua dor suaviza .

E o levantando o conduz pela estrada a caminho da luz
Fazendo mas frágil sua dor e mais leve sua cruz.



Josué Basílio Oliveira
12/05/09
16.08 h

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JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO
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Texto em Inglês

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