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E o trem chegou



Olhei descrente para o túnel escuro,

Iluminado pelo farol que cegava a vista.

Coração em prantos, chocando-se contra meu muro,

Levando a alma, no apito triste, a cruel conquista.



Em tua mala, todos os meus sonhos e devaneios,

E um envelope lacrado, com uma fina fita.

Lembranças dos momentos, das loucuras e anseios,

Da parte da nossa vida que foi por certo a mais bonita.



O trem chegou num ruído ensurdecedor, te sugando de mim.

A neblina densa fazendo do nosso hálito fumaça.

Eu chorei, pois senti na boca o gosto gelado do fim.



Abracei-te apertado, não queria que fosses embora,

E bebi do nosso adeus, naquela gelada taça.

Vendo teu aceno, desejei morrer naquela hora!



Josué Basílio Oliveira
(04/10/07)



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Texto em inglês

JOSUÉ
UM AMIGO DE PLANTÃO

ANJINHOS VOANDO POR AQUI