A vida conta muitas historias e aprendemos com elas.
Essa é mais uma das historias que a vida me contou


UM SIRI VAI LHE TRAZER ALEGRIA!!!


Sempre que o mundo desabava sobre sua cabeça, ele ia andar pela praia, próxima de onde morava.
Um dia encontrou uma bela garotinha de olhos tão azuis quanto o mar, construindo um castelo de areia ou algo parecido.
Oi, disse ela.
Ele respondeu com um aceno de cabeça, não estava com humor para se aborrecer com uma criança.
Você quer me ajudar a construir meu castelo?
Hoje não. Falou pouco atencioso.
Eu gosto de sentir a areia em meus dedos do pé, ela falou sorridente.
Que boa idéia, pensou, e tirou os seus sapatos. Um siri deslizou próximo.
Isto é um "alegria", falou a criança.
É um o quê?, perguntou.
Isto é um "alegria", livre pela praia.
Adeus "alegria", olá dor, murmurou consigo mesmo e continuou a caminhar.
Ele estava deprimido, mas a menina não desistia e perguntou: qual é o seu nome?
Eu sou Roberto Carlos, respondeu..
O meu é Láila... Eu tenho seis anos.
Oi, Láila.
Apesar de sua melancolia foi obrigado a rir e continuou caminhando.
Sua risadinha musical o seguiu.
Venha novamente, Sr. Roberto Carlos., disse ela, animada.
Nós teremos outro dia feliz.
Seus dias foram atribulados e somente semanas depois é que voltou à praia.
A brisa era fria, mas ele andava à passos largos, tentando readquirir serenidade.
Tinha até se esquecido da criança, quando ela apareceu.
Oi, Sr. Roberto Carlos, você quer brincar?
Não sei, que tal charadas? Perguntou sarcasticamente.
Eu não sei o que é isto, falou a menina.
Então me deixe continuar a caminhada, disse sisudamente.
Onde você mora? Perguntou-lhe.
Ali. Ela respondeu apontando na direção de uma fila de cabanas de verão.
Como você vai para a escola?
Eu não vou à escola. A mamãe disse que nós estamos de férias.
Ela tagarelou e quando eu ele ia voltar para casa, Láila disse que tinha sido outro dia feliz. E havia sido mesmo.
Três semanas mais tarde, ele andava apressado pela praia, quase em pânico, quando a garota o alcançou.
Olhe, se você não se importa, hoje eu quero andar sozinho.
Ela lhe pareceu pálida e sem fôlego.
Por quê?, Ela perguntou.
Porque minha mãe morreu! Gritou.
Oh, então este é um dia ruim, falou a menina com ar de tristeza.
Sim, ele disse, e ontem e anteontem também. Vá embora!
Um mês depois disto, foi andar novamente na praia, mas ela não estava lá.
Sentindo-se culpado e admitindo para ele mesmo que sentia falta dela, subiu até à cabana, e bateu na porta.
Uma mulher jovem atendeu.
“Olá, eu sou Roberto.”
Senti a falta de sua pequena menina e gostaria de saber se ela está bem.
Oh, sim, Sr. Roberto Carlos? Entre, por favor.
Láila falou muito do Senhor.
Eu tinha receio que ela estivesse lhe aborrecendo.
Se ela foi um incômodo, por favor, aceite minhas desculpas.
Disse o homem durão:
Não, sua filha é uma criança muito amável. Onde está ela?
Em tom baixo e pesado respondeu a mãe da menina:
Láila morreu na semana passada, Sr. Roberto Carlos. Ela tinha leucemia. Talvez não tenha lhe contado...
A notícia o deixou cego e mudo, por alguns instantes...
E a mãe continuou: ela adorava esta praia e parecia um tanto melhor aqui. Aqui teve muito do que ela chamava de “dias felizes”.
Mas nos últimos dias, ela piorou rapidamente...
Minha filha deixou algo para o Senhor.
Entregou-o um envelope, com Sr. “Roberto Carlos.” escrito em grandes letras infantis.
Dentro havia um desenho uma praia amarela, um mar azul, e um siri marrom. Embaixo estava escrito: “Um siri vai lhe trazer alegria.”
Lágrimas rolaram dos seus olhos, e um coração que tinha se esquecido de amar abriu-se largamente.
Tomou a mãe de Láila em seus braços e murmurou repetidas vezes: eu sinto muito, sinto muito!
O pequeno e precioso desenho está agora emoldurado e pendurado em seu escritório.
Seis palavras, uma para cada ano de sua vida lhe falam de harmonia, coragem, amor e desinteresse.



Baseado numa das historias que a vida me contou
..

Josué