Escrevi essa poesia a exatamente um ano,hoje sua morte faz aniversario.
Meu anjo Paulo meu amigo ai de cima,com certeza agora tem festa no céu,pelo que te conheço você enrolou algum anjinho e tirou a corda da sua harpa pra fazer um cavaquinho,e fez uma roda de samba.com todas as nossas musicas que jogamos pelas madrugadas.
Ah meu anjo embriagado, a saudade hoje me espetou com seu punhal e queimou meu coração de poeta como você dizia.
Nessa festa ai no céu com certeza não tem a maldita bebida que te roubou de mim.
Dá um abraço nos anjinhos aí e diz que uma hora eu apareço,fala pra Deus ter paciência comigo, eu aqui vivo e vou vivendo,to amando cara,você dizia que eu merecia uma rainha,Paulo ela existe e é um anjo que deve ter descido daí.
O povo do restaurante vai dedicar uma oração sua homenagem hoje as onze,vê se acorda e desce lá hein.
Beijo no seu coração de anjo,você foi o melhor amigo que um cara pode ter.
Vou repostar a poesia que fiz com muita dor pra você o ano passado .
UM ANJO EMBRIAGADO
MEUS AMADOS PERDOE AS PALAVRAS
MAS HOJE ESTOU
TRISTEMENTE REVOLTADO!
SANTA MADRUGADA
Ele amava sua esposa
mas também adorava uma caipirinha
Ele era um bom pai
Mas pra fazer um coquetel
Ele era o cara
Ele era trabalhador
Mas ir pra casa sem passar no boteco
Sacrilégio
Ele era religioso
Não esquecia a do santo jamais
Ele era um grande cantor e eu sua segunda voz
Grande musico o cavaquinho chorava
Em suas mãos
Mas musica sem bebida
É como mulher vestida
Que tal um rabo de galo
Um conhaque
Aquele wiskinho
Mas o de lei como ele dizia
Era a ceva, a loira gelada
Que beleza, que delícia.
Embriagado, e daí?
O meu Jô (como ele me chamava)
Me Leva pra casa
Que amor de esposa
A pobre Jerusa te acolhendo seu pau d’agua.
Paulo, Cirrose é feito câncer
E câncer que mata.
Acabei de chegar do seu enterro
Vi uma amizade de trinta e cinco anos
Sendo enterrada com cheiro de cachaça.
Minha camisa ainda ta molhada
Com as lagrimas da santa Jerusa
E o eco da sua voz no meu ouvido repetindo;
“Meu Jô, meu Jô, meu Jô”.
E não me sai da cabeça.
Seu caçulinha que de tão pequeno
Pedindo-me pra levanta lo;
“Meu Jô me ergue quero ver meu pai”
Paulo meu amigo, meu irmão.
SEU IDIOTA!!
Que tristeza de presente!
Que tristeza de presente!
Essa era a musica da sua vida, você dizia.
Agora eu posto ela em sua homenagem brindando sua morte tão estúpida
.
Beijo do seu Jô
Com sua morte enorme dentro de mim
Até um dia, de fígado novo
No céu dos amigos.
Josué