Quem sabe faz a hora
Pra você um beijo doce
Assim como se fosse
Um toque do beija- flor
Que voa pelo jardim
Como quem um dia enfim
Voou pelas asas do amor.
Onde quer que você esteja
Em qualquer lugar que te veja
Onde seu pé toca o chão
Nunca se esqueça que dia
Foi dona da minha poesia
E também do meu coração.
O tempo passa tão ligeiro
Logo vem novo janeiro
Sem a gente perceber
Do tempo que perdemos
E que um dia partiremos
Que nascer é como morrer.
Hoje bateu uma saudade
De uma louca mocidade
Que o tempo carregou
Sentado hoje num banco
Portando cabelos branco
Que a mão do tempo pintou.
Vinte anos, trinta, quarenta
E como uma brisa que venta
Os cinqüenta aconteceu
Os passos longos silenciaram
As doces ilusões se acabaram
Como uma tarde que anoiteceu.
Mas não me lamento, eu juro
Só não penso mais em futuro
O meu tempo é hoje e agora
Como vi o poeta escrever
Eu não espero acontecer.
Pois quem sabe faz a hora
Josué Basílio Oliveira