Até quando?
Eu me vestia de papai Noel todos os anos
pra entregar os presentes pra garotada,
Esse no meu colo é o Renan com quatro anos.
Eles fingiam que não sabiam que era eu
e eu fingia que acreditava.
Os olhinhos deles brilhavam,
mas garanto que não mais que os meus.
A barba era postiça e as sobrancelhas também
feitas rusticamente de algodão
e eu ainda tinha que por um travesseiro na barriga,
Hoje com certeza o travesseiro seria descartado .
Eu era tão criança quanto eles, estudava os detalhes
Ensaiava o que dizer pra cada sobrinho.
Quantas vezes chegando à sala via carinhas diferentes,
Eram os filhos dos vizinhos que também queriam
Que o papai Noel do Renan entregasse os seus presente.
Hoje vendo aqueles meninos já marmanjos e barbados,
As princesinhas se tornaram lindas mulheres.
Eu viajo no tempo, e me entristeço
Por ver como são efêmeros os momentos.
Por que os sonhos se vestem de ontem?
Por que as flores morrem?
Por que o mar suga tão guloso o rio?
Porque a alma treme de frio?
Por que a saudade dói tanto?
O coração cansado de dias
Resistiu e viveu mais um natal.
Daqui um ano ainda estaremos aqui?
A Deus pertence nossa vida e nosso amanhã
Quem sabe tenhamos essa graça
De juntos celebrarmos mais um Natal
Quando o próximo dezembro chegar.
Ou então seremos apenas
um retrato na parede
Feito um Natal
Sem ano novo.
Josué Basílio Oliveira
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*JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO*
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