Um estranho no ninho.


Um cri cri na janela na minha madrugada,
Onde derramo poesias molhadas de saudade,
De um amor que partiu com a felicidade
E deixou lembranças e uma alma calada.

O ruído me chama a atenção e me desperta,
Querendo entrar no meu mundo silencioso,
Procurando uma fresta o intruso curioso,
Insiste em chamar-me no estranho alerta.

Abro a janela, lá fora o vento frio e fino,
Passeava no meio da escuridão teimosa.
Uma coruja curiosa no muro repousa
E um grilo elegante é o autor do hino.

Debruço na janela que gela meus braços
E fico contemplando a manhã ainda nua,
Apenas a luz do poste reflete na rua
Só meus fantasmas fazem ouvir seus passos.

Enfim a manhã desvirgina a neblina
O sol desponta, a coruja voa, o grilo silencia.
Muda o cenário, outros tons em outra melodia.
E outras histórias atras de cada esquina.

Josué Basílio Oliveira






Graça e paz



Beijo santo do seu poeta

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E eu que já morri tantas vezes e tantas renasci para viver,
às vezes penso que vivo porque não sei mais morrer
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