O poeta mendigo
Cantava na praça no fim da avenida
As moedas pingavam no seu chapéu coco
Pedaços de sonhos e eras de uma vida
Resumidos em nada ou muito pouco.
Um poeta que encheu meu olhar
Com sua poesia misturada com pobreza
Mesmo com afazeres parei pra escutar
Encantei-me a sentir estranha tristeza.
Contava sua história, cantava sua poesia,
Como quem dedilhava as contas de um rosário,
que um dia foi pérola hoje apenas bijuteria,
Se desmanchando junto com seu itinerário.
Como é fascinante a alma humana,
Como foi lindo ver o poeta mendigo!
Um milionário das palavras insanas
Que viveu tudo, tanto a paz ou o perigo.
Onde ficou seu amor, suas vitórias,
O que o fez terminar seus dias numa praça?
Personagem de um drama sem honra e sem glórias,
Peça que termina sem platéia e sem graça!
Josué Basílio Oliveira
Graça e paz
Beijo santo do seu poeta
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*JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO*
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