Talvez o amor
Talvez o amor um dia pergunte:
“ E você meu poeta o que trazes
Pra recordação dos teus dias?”
E eu chorando só lhe mostrarei
Minhas pobres mãos vazias.
Ou quem sabe eu esconda as costas
As folhas mortas e amarrotadas
Com meus versos borrados de dor,
Que escrevi por toda a minha vida
Pra entregar pra esse mesmo amor.
Talvez o amor um dia me cobre
O tempo, a vida, a saudade
De tudo que um dia eu quis
E pela infelicidade,
Com máscara de feliz.
Talvez o amor um dia me olhe
E, juiz, condenando a covardia
Pelas vezes que morri,
Me entregue como sentença
As poesias que não escrevi.
E numa cruz cravada na terra,
Feito um inútil xis marcando
Uma arca na solidão esquecida,
Escreva com letras de sangue
Foi poeta e amou na vida.
Josué Basílio Oliveira
Graça e paz
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*JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO*
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