Terminou o culto,a orquestra tocava o hino de agradecimento,eu fiquei lembrando o que aprendi naquele banco na quarta fileira,onde me sento a décadas:
Foi ali que aprendi!!!
Foi ali que aprendi as sagradas letras que podem tornar sábio o homem para sua salvação. Foi ali que ouvi as historias de Davi, que escutei atento sobre o chamado de Samuel, que conheci sobre a fé de Abraão e a fidelidade de José.Foi ali que atravessei o mar com Moisés, que marchei com Josué que venci com Gideão, aprendi também sobre coragem de Jeremias, sobre as palavras de Isaias e a sabedoria de Salomão. Ainda recordo com se fosse hoje a primeira vez que ouvi a historia de Balaão e como achei engraçada a lição que sua própria mula lhe deu, falando com ele em alto e em bom som.Fiquei triste com o pecado de Adão, me fortaleci com a fé de Enoque e desejei entrar, nos meus sonhos, na Arca que Noé construiu. Ouvi sobre Débora a juíza que libertou Israel, admirei-me com a história de Rute a Moabita e me alegrei com Ana pela vitória. Sentado à roda de uma mesa ou em cadeiras pequenas de madeira com tiras de ripa, colori as figuras dos reis de Israel e Judá, desenhei o peixe que engoliu Jonas, a sarça que ardia e não se consumia e as tábuas da lei escritas no Monte Santo pelo Dedo de Deus. Particular interesse eu tinha pela fé de Daniel. Sua extraordinária libertação da cova dos leões me causava espanto e admiração. Como teria sido passar aquelas horas ao lado de tão terríveis feras, como seria sair dali sem nenhum arranhão? Tudo isso tomava conta de minha imaginação. Igualmente admirável era a história dos três amigos que foram levados para Babilônia, salvos ilesos da fornalha sobremaneira acesa. Sim, jovens destemidos e cheios da graça de Deus com os quais cada dia eu almejava parecer. Ah como eu me emocionava com s história do meu doce Jesus, os Seus milagres extraordinários, Seu amor incomparável, Sua força inigualável, Sua dor atroz, Sua entrega incondicional e a sua vitória incontestável. Queria ser como aquelas crianças que Ele abençoou, como aquele menino que lhe trouxe os pães e os peixes. Queria estar dentro do barco quando Ele acalmou a tempestade e daria tudo para me sentar à relva e ouvir a Suas histórias de vida. Sim, foi ali que aprendi sobre o Pentecoste, sobre o sermão de Pedro, sobre o testemunho firme de Estevão, sobre a conversão de Saulo, sobre o entusiasmo de Felipe e a transformação do Eunuco. Aprendi também sobre as viagens missionária de Paulo, sobre o carcereiro de Felipos e que Lídia era vendedora de púrpura. Os meus ouvidos atentos não deixaram escapar a história de Êutico o jovem que caiu da janela durante o prolongado sermão de Paulo. Ouvi ali também a história de Dorcas e sua dedicação, sobre a prisão de Pedro e João e chorei com a morte de Tiago que teve na espada de Herodes o seu fado.
De repente um leve toque no meu ombro e uma voz suave vindo de longe:“Jô, tenho que fechar a igreja, todos já se foram” Despertando do meu transe, despedi-me do meu pastor, e sem saber quanto tempo tinha ficado ali, me fui em silêncio e impressionado com tanta coisa que aprendi sentado naquele banco.
Josué Basílio Oliveira
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*JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO*
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*SEMPRE ESPERANDO POR VOCÊ*
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