SONÂMBULO
Venho de madrugada
No meio do nada
Gritar a loucura
Da alma cansada,
Sonâmbula, embriagada,
Pecadora e impura.
Que falta me faz
Cadê a paz
Que preguei nas avenidas
Junto com panfletos,
Que espalhei pelos coretos
Falando de amor e de vida?
O sono não vem,
O sonhar já não me tem,
Me perdi.
O eterno palhaço
Apenas um pedaço
Rasgado de ti.
Josué Basílio Oliveira