SÁBADO DE ALELUIA DA MINHA INFÂNCIA
Aquele sábado era um dia de festa
Logo cedo a gurizada gritava em seus alaridos.
E tão vivo na memória ainda resta
Mesmo os anos tendo tão depressa se consumido.
O paletó de missa do meu pai do armário sumia
A camisa comprida do pai do Juca, já era.
Aquele sábado tão aguardado era nossa alegria.
Doces lembranças dos anos verdes de quimera.
Na casa de alguém, perderiam uma par de meias.
O pó de serra vinha da fabrica de salto.
E mãos a obra, a mente de fantasia cheia
Mas tão mais vazia que o nosso sonho tão alto.
Aquele boneco de pano ficara lindo,
Não aceitávamos dos adultos suas ajudas
Um retoque aqui outro ali com os rostos sorrindo
Alçávamos no primeiro poste o nosso Judas.
Não sei por que, tinha que ser nove horas, em cima.
E munidos da nossa infância e pedaços de pau,
Em segundos detonávamos nossa obra prima
Tudo era festa e vida na morte daquele ser mau.
O tempo feroz, cruel e juiz, galopou velozmente.
Hoje já não malham o Judas nos postes da minha cidade.
Sábado de aleluia ficou a lembrança que docemente
Viaja de carona nas asas da minha saudade..
Josué Basílio Oliveira
21/03/08
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JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO
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