O poeta mendigo
Ele cantava na esquina da avenida
E as moedas pingavam no seu chapéu coco
Tantas histórias cantadas de sua vida
Resumida em nada ou muito pouco.
Um poeta que encheu meu olhar
Com sua poesia misturada com pobreza
Mesmo com afazeres parei pra escutar
Encantei-me a sentir estranha tristeza.
Contava sua história, cantava sua poesia,
Como quem dedilhava as contas de um rosário,
que um dia foi pérola hoje apenas “Bijuteria”,
Se desmanchando junto com seu itinerário.
Como é fascinante a alma humana
Como foi lindo ver o poeta mendigo
Um milionário das palavras insanas
Que viveu tudo, tanto a paz como o perigo.
Onde ficou seu amor suas vitórias
O que o fez terminar seus dias numa praça?
Personagem de um drama sem honra e sem glória
Peça que termina sem platéia e sem graça!
Josué Basílio Oliveira
13/06/09
9.51h
Sábado
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JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO
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