Mudei tanto assim?
Você é você mesmo? A pergunta jogada,
Como se no escuro uma flecha lançada,
Sibilando em meu ouvido perigosamente,
Arranhando meu rosto irônica e sutilmente.
Pareço tão diferente assim meu amigo querido,
Não reconhece mais quem tanto caminhou contigo,
Não entende essa barba no meu rosto sereno,
E diz que pareço assustado, encolhido, pequeno?
Cadê meu sorriso tão contagiante,
E aquele jeito de sempre seguir adiante,
Cadê o brilho nos meus olhos de menino,
Cadê o caçador de destino?
Não sei amigo Oswaldo, se mudei tanto assim,
Apenas, como você, os anos tomaram conta de mim
E a vida, nem sempre doce, espelha e espalha desgostos,
Deixando marcas fundas nas almas e nos rostos.
Não me faça lembrar de coisas que quero esquecer,
Deixem a dor e a lágrima, no vazio se perder.
Esse reencontro é um presente que Deus quis nos dar
Sou eu mesmo velho amigo, pode me abraçar.
Josué Basílio Oliveira
23/10/10
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JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO
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