O vento
O vento bate na minha janela.
Não sei se canta, se ri,
Ou se grita desesperado,
Só sei que ele está aqui,
E faz eco no meu peito machucado.
E ele bate forte.
Quer despertar-me da morte,
E me levar a algum lugar...
Ou fazer companhia,
Na madrugada nem tão fria,
Até ele chegar.
Pela janela que não abri,
Ele entrou e meu rosto beijou,
Sentou-se aqui,
Espiando eu escrever
Coisas que gostaria de entender.
Viu os dedos trêmulos,
Num gesto desesperado,
A arrancar palavras do coração,
E o meu rosto pálido e cansado
Expressando a dor de uma ilusão.
Chorou feito criança abandonada,
Na melodia de minha alma sentida,
Nascida nos acordes da vida
E esquecida na dança na terra pisada.
Sussurra aos meus ouvidos.
O que diz amigo, poesia?
Pra mim só melancolia...
Quer meu sorriso, em vão.
Então, silencia,
Me deixando na solidão.
E, como chegou, ele vai embora.
Mas, silencioso, triste agora.
E eu olho para o nada
Vendo-o tragado na madrugada.
Lídia Sirena Vandresen & Josué de Oliveira
Fevereiro/2.008
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