Hoje apetece-me celebrar a vida, pregar aos quatro ventos, gritar que a vida é bela. Sinto-me livre, talvez livre de mim… dos pensamentos que me amarram, das dores que me limitam. Para lá do horizonte dessas sensações mundanas há um céu e, hoje ofereceram-me um pedacinho desse céu. Mas é difícil de aceitar, esse céu, porque as amarras que nos prendem ao mundo pré-fabricado mesmo ainda antes da nossa própria existência estão enraizadas na mente… na dos outros mas também na minha. E é a mente que me relembra das amarras e das dores. Já não sei se devo celebrar a vida, se é sensato aceitar esse bocadinho de céu que me ofereceram. E eu sou uma pessoa sensata. Sou mesmo!
Mas que tem a sensatez a ver com a minha vontade de celebrar a vida? Não tenho uma vida inteira, eu sei, tenho um corpo ausente que parece conceber-me o estatuto de ser inanimado incondicionalmente. E também tenho uma alma, uma alma que sonha, que projecta e realiza. Uma alma que se sente plena quando lhe oferecem pedacinhos de céu!
Mas que tem a sensatez a ver com a minha vontade de celebrar a vida? Não tenho uma vida inteira, eu sei, tenho um corpo ausente que parece conceber-me o estatuto de ser inanimado incondicionalmente. E também tenho uma alma, uma alma que sonha, que projecta e realiza. Uma alma que se sente plena quando lhe oferecem pedacinhos de céu!
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