A cruz com a alça, conhecida como ankh ou cruz ansata, é uma das figuras ou símbolos mais importantes encontrados nos Templotemplos do Egito Antigo. Ela aparece gravada nas colunas dos templos de Karnak, Edfu e em outros lugares. Pode-se vê-la também gravada ou pintada em murais no Templo de Luxor, no Templo de Hatshepsut, Medinet Habu e outros, bem como em obeliscos e nas paredes de túmulos. Cenas vívidas pintadas em paredes de templos ou túmulos muitas vezes representam um deus estendendo o ankh ao faraó. Um exemplo disso está no túmulo de Amenhotep II onde vemos o ankh sendo-lhe entregue por Osíris.
O significado original do símbolo foi perdido com o passar do tempo, mas ele manteve um emblema hieroglífico constante da vida. A Ankh era usada em rituais, especialmente nos que envolviam cultos reais, e ela tinha significado especial quando era usada em várias cerimônias nos templos. Ao que tudo indica, o ankh surgiu na Quinta Dinastia.
Em lugar da parte vertical superior, acima dos braços da cruz, em geral associada ao cristianismo, esse detalhe da cruz egípcia é ovalado, ou tem a forma de uma alça. Para os egípcios antigos isto significava vida e o símbolo, na verdade, é conhecido como a chave da vida.Os historiadores têm dedicado muito pouco espaço em seus trabalhos à importância do ankh.
Quando vemos o ankh numa coluna de templo ou num obelisco, e ele não está sendo entregue por um deus, a cruz ansata é quase sempre associada a outra figura ou símbolo egípcio muito conhecido, que se encontra ao lado do ankh. Esta tem o mesmo tamanho do ankh e embora a parte inferior tenha a mesma largura, ela termina numa ponta na parte superior.
Para nós, essa figura é um triângulo isósceles. Trata-se do hieróglifo ou sinal que, quando apresentado com o ankh, significa para sempre. Juntos os dois símbolos demonstram vida eterna.
Ankh
Por suas semelhanças com a cruz cristã, o ankh chegou a ser assimilado pelos cristãos cópticos, de forma que também é conhecido como a cruz ansata, cóptica ou egípcia.
Posteriormente, contudo, veio a ser proscrito e identificado com paganismo, ocultismo e satanismo, sendo ainda contemporaneamente considerado um símbolo diabólico por muitos (em parte devido ao uso dele pelo movimento ocultista em fins do século XIX e pela Nova Era, a partir da década de 60). Hoje em dia muito usado por praticantes da Wicca, Ocultistas e Góticos.