Solitário
Eduardo Baqueiro
Sentado no canto da sala, ouvia nossa canção
Senti uma enorme solidão, senti tua falta!
Fechei meus olhos e fui até você...
Entrei pelo mesmo portão
Você continuava a mesma coisa:
A menina que sempre me encantou
O mesmo choro e o mesmo sorriso
A mesma gargalhada que sempre me hipnotizou...
Teu poeta não morreu, nem se esqueceu de você
Só esteve afastado um pouco!
Sentiu tanta saudades de ti que voltou depressa
Voltou para sentir teu calor .... teus braços
e teus carinhos.
Minhas mãos, imaginei, percorreram
teus cabelos lisos,
vagarosamente como a desejar que o tempo parasse!
Menina! não podes saber da falta que fazes
em minha vida
Não sabes da saudade que senti de você!
Desejei derrubar as portas entre nós
Trancas, portas, distância!
O amor não tem fronteiras...
Um barulho me fez voltar à realidade
O telefone tocou, atendi sem vontade
Era tua voz rouca e sexy desejando saber de mim...
Um sorriso e um desabafo
e o coração voltou a bater descompassado,
mais uma vez...
Era o amor que nunca morreu que acordava
dentro de meu peito
Era o poeta dentro de mim que acordava
para novamente escrever somente para você,
meu amor!