Ver a vida com os olhos do coração não tem
nada a ver com alienação. Não tem nada a ver com fragilidade ou
imaturidade e não caracteriza uma personalidade facilmente manipulável.
Enfim...não é fraqueza. É preciso muita coragem para ser um indivíduo
emocional. Muita coragem mesmo para encarar de forma amorosa um mundo
adoecido...o que mais pode suportar tanto equívoco e autodestruição além
de um coração cheio de amor? Como imaginamos Deus a vislumbrar a nós?
Irado, frio, calculista...imune aos desajustes de seus tão preciosos
filhos? Será assim? Duvido muito...então, por que eu, mera pessoinha, me
considerarei no direito de ter outro olhar a tudo isso? Ódio? Revolta?
Precisamos mesmo entrar nesse jogo viciado chamado Desesperança? Posso
sinceramente não cometer os mesmos erros de meu vizinho...mas no meu baú
empoeirado de "pecados" há uma boa coleção...da qual não me orgulho
nadinha...
Não, aspereza não...frieza não...indiferença nunca!
Sabedoria um pouco, talvez, mas só o suficiente para me lembrar a cada
dia o quão mais toda essa bagunça precisa ser encarada e resolvida com
doses cavalares de amor...
Sou mulher, sou mãe. Minhas entranhas foram talhadas para esse fim...
Bobona? Pobre quarentona, calejada e ainda iludida? Ligo não...que seja.
Tenho certeza que não sou a única.
E de amar...ninguém morre. Mas de todos os seus antônimos sim.