Você já parou pra pensar, quais histórias você tem contado sobre você? E sobre o mundo? Essa semana fiquei muito reflexiva sobre a arte de contar histórias, e eu entrei numa pira muito grande, sobre como tudo é contar histórias. Sobre como a humanidade cresce, evolui a partir das histórias que a gente conta, sobre como a gente traz significado pra nossa existência hoje, olhando para as histórias que a gente construiu. Histórias permeiam a nossa vida, constroem o nosso psicológico, constroem o significado daquilo que a gente é enquanto humanidade, enquanto humano. Uma vez que a gente percebe isso, percebe que as histórias estão muito além dos livros, dos filmes, das músicas e dos poemas. As histórias são aquilo que atribui significado para nossa vida, e isso me levantou um questionamento muito forte de, qual é a história que a gente tem se contado sobre a gente? Quanto essa história afeta como a gente se vê, e como a gente se expressa pro mundo. Se você conta uma história sobre você, na qual você é o vilão ou na qual você é sempre a vítima, ou na qual você é sempre a pessoa que está diminuída, errada ou às vezes boa, grande, gigante demais, isso afeta a sua forma de se enxergar e de viver essa história, a tua história. Se você conta pra você mesmo, uma história de que o mundo está perdido, de que o mundo só vai piorar e de que tudo está um caos, essa é a história que você vai viver todos os dias. A gente sempre pode escrever uma história diferente, só que primeiro a gente tem que começar, isso começa com as histórias que a gente tem contado pra gente. Então eu te pergunto: Qual é a história que você tem contado sobre você e sobre o mundo, e o quão próxima ela é da história que você quer de fato viver?

— .(Escrito dia 24/11/2024, ás 07:12).