Pertencer. Essa necessidade tão humana, tão enraizada em nossa busca por identidade e aceitação.
Desde a infância, aprendemos que pertencer é essencial para nos sentirmos seguros, amados, validados.
Mas quantas vezes esse desejo de pertencer nos leva a nos perder de nós mesmos? A nos moldar, a sacrificar nossa autenticidade só para nos encaixarmos em padrões externos?
Na busca pela aceitação, muitas vezes procuramos lá fora o que deveríamos encontrar dentro de nós.
Nos grupos, nas tribos, nas religiões, buscamos desesperadamente um lugar onde nos sintamos aceitos e compreendidos.
Mas será que esse pertencimento externo realmente preenche o vazio interno? Fica a reflexão.
A verdade é que o verdadeiro pertencimento começa quando nós aceitamos por inteiro, com todas as nossas partes de nós, imperfeições e histórias.
É quando entendemos que a nossa maior tribo somos nós mesmos, que carregamos em nosso interior a chave para a verdadeira aceitação.
Aceitar-se sozinho não é solidão, é liberdade. É reconhecer que somos completos por nós mesmos, independentemente de onde estamos ou com quem estamos.
É um processo de autoconhecimento profundo, de abraçar quem somos de verdade e nos permitir ser vulneráveis diante do mundo.
Pertencer começa em casa, dentro do nosso próprio coração. Quando nós amamos, de verdade, percebemos que não precisamos de validação externa para nos sentirmos inteiros.
Somos o bastante, exatamente como somos. E isso, por si só, é o verdadeiro pertencimento.

Juma Casagrande