NA ILHA DE MASSOGÉR ONDE NÃO HABITA , NEM HOMEM NEM MULHER.
A Nau dos ingratos.
Pelas tuas atitudes e teus atos,
Embarquei na nau dos ingratos,
Em busca de um tesouro
Que você diz existir
Na ilha de Massogér,
Como você é minha mulher
Você sabe que faço tudo
Que você quer.
Com o que tens
Não te contentas,
E o que tenho para te dar
É tão pouco,
Vou para a ilha de Massogér
Buscar o tesouro
Que nem sei se existe
Mas já que você insiste
Vou buscar este pote de ouro.
Cedo céu encoberto,
Nem estava bem desperto,
Lancei-me ao mar,
Naveguei, naveguei
Mas naufraguei
Naquele imenso mar aberto,
Não tinha ninguém por perto,
E as ondas levaram-me para longe.
A meia noite do outro dia justamente,
Acordei na praia, e andei,
Pelos campos de Massogér,
Nada encontrei,
Nem homem, nem mulher.
Voltei trazendo um grande tesouro,
Que vale mais que ouro,
Trouxe-te nas mãos
O meu coração.
Nos campos de Massogér
Tudo é triste, nada habita,
Nem homem, nem mulher.
Fernando Lucho