OPRÓBRIO
Lá no alto,
Tem uma estrada de terra,
Sem asfalto,
Coberta de pedras e espinhos.
Nela transitam lobos e chacais
E várias espécies de animais,
Entre eles,
Mulheres e homens falsos,
Sempre do contra,
Que dão com uma mão,
E tiram com outra.
A vida obrigou-me
A passar por ela
Com os pés descalços
Porque aqueles ingratos,
Tiraram até meus sapatos.
Minha estrada
Ficou deserta,
Cravaram-se em meus pés
Os espinhos,
Ao invés
De ajudarem,
Tudo me roubaram,
Deixaram-me na maior tanga,
Por longo tempo
Vivi só de xanga.
Por anos sofri
Martírios e sofrimentos,
Em todos momentos,
Eram os mesmos tormentos
Sofridos,
Todos por mim.
Como Jesus não quer,
Que sofram demais seus filhos,
Tirou de minha vida o opróbrio,
Fez eu dar a volta por cima,
Devolveu-me o amor próprio,
Minha auto estima,
Calçou meus pés,
Varreu da minha estrada os espinhos,
Eliminou todos os lobos e chacais,
E hoje,
Não sofro mais.
Fernando Lucho.
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