Não é à toa que entendo os que buscam caminho.
Como busquei arduamente o meu !!!
E como hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser, o meu atalho, já que não ouso mais falar em caminho.
EU que tinha querido o CAMINHO, com letras maiúsculas, hoje me agarro ferozmente à procura de um modo de andar, de um passo certo.
Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo de luz entre as árvores, o atalho onde EU seja finalmente, EU, isso não encontrei.
Mas sei de uma coisa: Meu caminho não sou EU, é outro, é os outros.
Quando EU puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei:
Eis o meu porto de chegada.”
( Clarice Lispector )