Se aquilo que sonhamos e desejamos se tornasse, instantaneamente, numa realidade, imagine quantas coisas terríveis teríamos que suportar. O vácuo que existe entre aquilo que desejamos e o senso de gratificação e de realização pode ser algo frustrante, mas serve como um propósito benéfico e essencial, ao qual freqüentemente fracassamos em dar a devida consideração.
Pense nisso: se você tivesse todo o tempo e todo o dinheiro deste mundo, a maioria deles seria, provavelmente, gasto em insignificantes indulgências. Onde é que está o genuíno prazer disso? Ter tudo, portanto, seria pior do que não ter nada.
Já que o homem não fora suficientemente capaz para distinguir entre o desejável e o saudável, doravante haveria uma distância a ser percorrida entre os seus desejos e as ações que concretizariam tais desejos. Deus nos convida a lutar, a depender dEle contra nós mesmos, contra a ansiedade e contra um espírito de independência. A necessidade, portanto, do esforço não é uma punição. Absolutamente. Portanto, alegre-se nesse esforço, porque é nisso que está a grande benção.
Nélio DaSilva