A GENTE SE PERDEU
<[censurado] width="300" height="225" src="//www.youtube-nocookie.com/embed/U6_hjA4cdjM?controls=1&showinfo=0" frameborder="0" allowfullscreen="" scrolling="no" style="overflow: hidden; margin: 0px !important; padding: 0px !important; height: 250px !important; width: 300px !important; opacity: 1;">
"Eu juro que pensei que se despedir devagar podia doer
um pouco menos. Pelo menos à primeira vista era o que me parecia... "Vamos
ser amigos", repetimos em consenso. Talvez por inexperiência ou por
ingenuidade – o que eu creio que seja mais provável –, nos enchemos de
esperança, achando que o amor poderia se eternizar: e que, mesmo sem
romantismo, pudesse quem sabe se tornar uma convivência quase amigável.
Só que um dia desses, a gente se perdeu.
Eu lembro bem: ninguém estabeleceu uma data certa ou marcou
no relógio hora exata pra ir embora de vez. Só fomos rareando aos poucos a
conversa, e o "oi tudo bem" cada semana mais mecânico.
As novidades
que apareciam já não tinham razão de serem divididas: porque, sem convivência,
que graça tem ficar compartilhando a vida?
Na verdade, acho que a gente foi é se acostumando à
ausência. E quando viu, já não se precisava mais.
Eu sei; é duro, é esquisito. Há bem pouco tempo isso nunca
seria possível, nem naqueles pesadelos que levam embora o sono às 3h25 da
madrugada. Mas quando não há afinidade que una nem amizade verdadeira que
prenda, a paixão vai dando as costas e carregando com ela qualquer motivo pra
ainda estar perto.
Você e eu bem que tentamos.
Mas uma hora dessas, a gente se perdeu."