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POEMA de
CHICO DOIDO DE CAICÓ



Sou doido por mulher
Sou doido por cachaça
Sou doido pra gastar dinheiro
Sou doido por uma bunda
Sou doido por Caicó
Sou doido pelo mar
Sou doido por violão e lua cheia
Sou doido por uma conversa de bar
Sou doido por arribaçã
E sou doido propriamente dito

Freya
HOMENÁGEM AO POETA:

Francisco Manoel de Souza Forte.
@

Após ser apresentado aos poemas de Chico Doido por

Nei Leandro de Castro, Moacy Cirne

passou a publicá-los em seu fanzine-panfleto

Balaio Porreta a partir de 1991.



Em 1993, foi lançado postumamente

à Academia Brasileira de Letras.



Em 1994, foi (postumamente,

e representado por Cirne)

"patrono" da turma de formandos

de Comunicação Social da

Universidade Federal Fluminense 1



Em 2002, Cirne e Nei Leandro

publicaram a coletânea

"69 Poemas de Chico Doido de Caicó"

Natal: Sebo Vermelho, 2002)

crea chantal

UM DE SEUS POEMAS:

Uma vez em Campina Grande
Perto da Maciel Pinheiro




Tomei tanto sorvete de rainha
Que o Rei Luís de França




Resolveu bombardear o Japão.
Acuda-me Zé Limeira, nego véio,




Tocaram fogo no Cariri
Só pra que eu pudesse rimar




Tatu com xixi.


CHICO DOIDO DE CAICÓ.

Eu



vi uma pentelheira



No



corpo daquela dona



Que



quase caí pra trás



Era



pentelho de ruma



Que



não acabava mais



Era



uma mata profunda



Que



começava no imbigo



E



terminava na bunda.



Pra



descobrir o priquito



Por



detrás daquela mata



Fiz



um esforço tão grande



O



coração quase me mata



Os



pentelhos da mulher



Era



uma mata de cipó



Tudo



muito emaranhado



Cheio



de trança e de nó.



Me



fiz de bom caçador



Na



frente do cipoal



E



rompi aquela mata



Com



a força do meu pau.




chico doido de caicó.
Caicó (RN),
a terra de Chico Doido,
em foto atual de
F. Soares de Lima


Francisco Manoel de Souza Forte,
 mais conhecido como Chico Doido de Caicó,


foi um poeta brasileiro, nascido em Caicó,


no Rio Grande do Norte, em 1922.


Foi descoberto por Nei Leandro de Castro

e Moacy Cirne, os primeiros a a divulgar


seus poemas, reunindo parte de seu


trabalho em 2002 no volume 69 Poema


de Chico Doido de Caicó.


O poeta morreu em Duque de Caxias


Rio de Janeiro, em 1991.

 Ricardo Domenece









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