Amigos, como todos sabem, estou grávida. Então resolvi fazer postagens que possam ajudar a outras gestantes de primeira viagem. Espero que esse resumo possa ajudar a quem precise. Na próxima postagem vou dar o resultado dos meus exames aqui. Prometo postar também a primeira ultra.
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Desejada ou não, programada ou surpreendente, a gravidez é sempre um momento delicado para a mulher, tanto do ponto de vista físico quanto do psíquico e emocional. Todo o seu organismo passa a trabalhar para o bom desenvolvimento do feto, e seu estado de espírito ganha um colorido novo, pleno de expectativas positivas. Esse é um momento em que a mulher precisa de tranquilidade para se preparar da melhor maneira possível. E tudo o que fizer será importante, para si mesma e para o bebê. Manter uma atividade física compatível com seu estado, repousar o suficiente e alimentar-se muito bem são itens indispensáveis para a grávida, além, é claro, de contar com oacompanhamento médico constante, chamado pré-natal. Afinal, vale tudo para garantir um bom parto, pronta recuperação e levar para casa um bebê cheio de saúde.
Calculando a data do parto
A gravidez normal dura de 38 a 42 semanas. Por isso não é possível estabelecer com exatidão o dia em que o bebê nascerá. Calcula-se, assim, a data provável do parto, admitindo-se uma variação de 15 dias antes ou depois. Há um método prático para esse cálculo: basta somar 7 dias ao primeiro dia do último período menstrual e subtrair 3 meses. Suponha, por exemplo, que seu primeiro dia de menstruação tenha sido 10 de janeiro. Somando 7 dias, você terá o dia 17; subtraindo 3 meses, você chegará ao dia 17 de outubro (para ciclos de 28 a 30 dias).
Os primeiros sintomas
Você sabe que está grávida, mas o bebê ainda é uma abstração. No momento, uma série de sintomas anuncia a revolução pela qual seu corpo está passando nesse momento:
* enjoos (os matinais são os mais comuns, mas podem ocorrer a qualquer hora do dia)
* urina frequente
* sono, sensação de fraqueza, cansaço
* sensibilidade nos seios
* prisão de ventre
* súbita aversão a alguns alimentos e odores
* aumento da secreção vaginal
OBS: não são todas as mulheres que apresentam todos esses sintomas, e algumas delas podem até não ter nenhum deles.
***PRÉ NATAL***
O acompanhamento médico mensal é um cuidado indispensável para desenvolver uma gestação tranquila e sem problemas, além de dar ao bebê as melhores chances de saúde perfeita. Já na primeira consulta o médico calcula a data provável do parto e conversa longamente com a gestante para fazer uma ficha detalhada do estado geral de sua saúde. Informa-se também sobre seu histórico médico, doenças que já teve, se já fez alguma cirurgia, investiga sua família, para detectar possíveis problemas hereditários que possam afetar o feto. Um exame ginecológico adequado ao estado da mulher também é feito, e vários exames são pedidos para saber seu tipo de sangue e fator Rh, a glicemia, e sorologias para rubéola, toxoplasmose e sífilis. Controlar o peso da gestante será uma preocupação constante em todo o pré-natal. Ao indicar a dieta ideal, o obstetra leva em consideração seu estado geral e o desenvolvimento desejado para toda a gestação, bem como procura evitar enjoos, prisão de ventre, azia ou amenizar tais sintomas. Em geral, a alimentação deve ser rica e variada com muitas verduras, legumes, carnes brancas, mel e cereais. Outro controle indispensável é o da pressãp arterial da gestante, que é verificada pelo menos uma vez por mês, assim como observar se a gestante está inchando nas pernas ou no rosto e se ela tem varizes. Qualquer alteração nessas áreas será controlada com repouso, dieta e exercícios. O médico também fará um exame dos seios e pode recomendar massagens e exercicíos necessários para prepará-los para a amamentação.
***EXAMES PEDIDOS NA PRIMEIRA CONSULTA***
1) Grupo sanguíneo e fator Rh: importante porque se a mãe for Rh negativo e a criança Rh positivo (caso o pai seja Rh positivo), pode ocorrer uma incompatibilidade sanguínea que leva à destruição das células vermelhas do feto, podendo levar à sua morte antes mesmo do nascimento
2) Glicemia: para avaliação da presença de diabetes mellitus.
3) Anti-HIV: para detectar a infecção por esse vírus (vírus da AIDS). Isso é importante porque existem medicamentos que se utilizados de maneira correta e no momento certo podem reduzir bastante o risco de transmissão do vírus para o bebê.
4) Exame de sífilis: essa doença é causada por uma bactéria e pode ser transmitida ao bebê, podendo causar malformações.
5) Exame de toxoplasmose: doença causada por um protozoário, também pode ser transmitido ao feto e causar malformações.
6) Exame de rubéola: doença viral, que pode levar a abortamento e malformações graves.
7) Exame de urina e urocultura: para detectar infecção urinária. A ocorrência de infecção urinária, durante a gestação, pode aumentar o risco de parto prematuro e de infecções mais graves (como a renal).
8) Exame de hepatite B: caso a mãe seja portadora do vírus, existem condutas que reduzem a transmissão do mesmo para o bebê.
9) Ultra-sonografia (US): atualmente, temos observado a utilização exagerada da US durante a gestação. Às vezes nos deparamos com mulheres que realizaram mais de 4-5 exames, o que é desnecessário. Indica-se, geralmente, dois exames. Um no primeiro trimestre, entre 11 e 13 semanas de gestação, para avaliação da idade gestacional. O outro, entre 18 e 20 semanas (segundo trimestre), para avaliar a presença de malformações. A realização de exames adicionais depende da presença de condições específicas, que exijam um monitoramento mais cuidadoso, como nas gestações de alto risco.