Acordei em sobressalto uma manhã
Depois de noite agitada e mal dormida
Dei um beijo de despedida a minha mãe
Segui para o trabalho logo de seguida
O torno gira em alta velocidade
Cortando o metal com precisão
E era no ardor da minha mocidade
Que eu vivia uma solitude sem razão
Deixei as máquinas ao toque da sereia
Sigo para a escola noturna para estudar
Física e Química durante mais de hora e meia
Desenho de Máquinas depois até a noite findar
Terminei as aulas nessa noite as onze horas
Ah! triste fado que a sorte me negas
Deveria voltar para casa sem demoras
A pé sigo meditando pelo cais de Xabregas
Não posso aguentar mais este triste fado
Na minha inocência não encontro solução
Sento-me ali numa pedra já estafado
Enchendo-se de grande amargura meu coração
Uma fragata indiferente lá seguia rio acima
Ao leme a silhueta do arrais fumando uma beata
A lua cheia no céu iluminava brilhantíssima
E as aguas do Tejo pareciam um mar de prata!
Depois de noite agitada e mal dormida
Dei um beijo de despedida a minha mãe
Segui para o trabalho logo de seguida
O torno gira em alta velocidade
Cortando o metal com precisão
E era no ardor da minha mocidade
Que eu vivia uma solitude sem razão
Deixei as máquinas ao toque da sereia
Sigo para a escola noturna para estudar
Física e Química durante mais de hora e meia
Desenho de Máquinas depois até a noite findar
Terminei as aulas nessa noite as onze horas
Ah! triste fado que a sorte me negas
Deveria voltar para casa sem demoras
A pé sigo meditando pelo cais de Xabregas
Não posso aguentar mais este triste fado
Na minha inocência não encontro solução
Sento-me ali numa pedra já estafado
Enchendo-se de grande amargura meu coração
Uma fragata indiferente lá seguia rio acima
Ao leme a silhueta do arrais fumando uma beata
A lua cheia no céu iluminava brilhantíssima
E as aguas do Tejo pareciam um mar de prata!