..::A Loira do Banheiro::.. Parte 20
Capítulo 7: Robert Peyton
Robert começou a sentir uma enorme dor de cabeça no meio da aula. Começou depois que uma garota pedira para ir ao banheiro, assim como o cheiro de podre, qual ninguém aparentava sentir.
- Tudo bem Robie? – Karen, sua namorada, perguntou.
- Sim... Tudo... - respondeu, desanimado. – Você...
- O que?
- Você está sentindo este cheiro?
Karen respirou fundo.
- Não, não sinto nenhum cheiro... – a garota, enfim disse.
Robert balançou a cabeça.
Logo a aula terminou e todos foram para o intervalo. Ele saiu junto á Karen e foi até o pátio. Sentaram-se nos degraus da escadaria que levava até a quadra e ali ficaram.
- Você está se sentindo bem? – Karen perguntou preocupada.
Robert estava distraído, olhando fixamente á um ponto vazio da quadra.
Não demorou muito á terminar o intervalo e ambos foram de volta para a classe, onde haveria uma segunda aula de português. O cheiro podre, para ele, continuava no local.
As aulas daquele dia terminaram e Robert foi para sua casa, á pé, já que era bem perto da escola. As ruas estavam vazias, havia poucas pessoas e poucos carros também.
Quando chegou, puxou dos bolsos um molho de chaves e abriu o portão, cruzou o jardim da frente e logo depois, destrancou a porta.
Entrou em sua casa e sentiu um horrível cheiro de podridão.
- Mas o que...?
Não ficou muito tempo lá, assim que trocou de roupas, saiu. Qualquer lugar estava melhor que lá dentro.
Assim que alcançou o portão, pegou o celular do bolso e discou o número de Karen.
- Alô, Karen?
- Oi! Melhorou?
- Na verdade não...
Robert ouviu-a suspirar do outro lado da linha telefônica.
- Posso ir aí? – ele perguntou.
- Venha! A gente faz o trabalho de física juntos!
- Ok! – desligou.
Voltou a andar, desta vez, indo em direção á casa de Karen, que morava perto de uma linda praça. Estava atravessando a rua quando viu Mattson, um Garoto de sua classe que dominava bem o assunto do trabalho que iriam realizar.
- Oi! Mattson! – cumprimentou.
- Oi!
- Ei! Você não quer ajudar eu e Karen a fazer o trabalho?
- Ah cara! Acontece que eu estou meio ocupado...
- Por que você faltou hoje?
- Fui ao médico...
Robert balançou a cabeça positivamente.
- Tudo bem... – falou.
- Até mais cara! – Mattson despediu-se.
- Até...
Cada um continuou seu caminho. Não demorou muito e Robert chegara á praça, onde estava sendo desmontada uma feira de ciganos. Ele parou e ficou observando-os por um tempo.
De repente, uma velha muito estranha olhou para ele e foi á sua direção. Robert ficou assustado, mas manteve-se parado.
- Criança! – ela começou. – Vocês correm muito perigo! Vocês despertaram a lenda da loira!
- Do que você está falando?
- Eu sei que você não fez o ritual, mas a maldição pegará á todos que cruzarem seu caminho, mesmo que não queiram! Por isso, vamos sair da cidade... Antes que a maldição de sua escola chegue á nós!
Um homem muito forte, com trajes típicos de cigano os viu conversando, olhou para a velha e falou:
- Pare! Vamos logo embora!
Ela concordou com a cabeça e entrou em uma caminhonete.
“O que aquela velha quis dizer com maldição da loira?”, Robert ficou se perguntando.