AMIGOS....
INFELIZMENTE NÃO POSSO POSTAR NADA NOVO...
ESTOU SEM MEU COMPUTADOR E O NOT QUE ESTOU A USAR NÃO É MEU
NÃO QUERO MEXER POR SER DE UMA MÉDICA.
UM ANO NOVO PLENO DE BOAS REALIZAÇÕES PARA TODOS VÓS!!!
UM GRANDE ABRAÇO PARA TODOS.
Ana Maria Marya
Amigo
Vamos conversar
Como dois velhos que se encontraram
no fim da caminhada.
Foi o mesmo nosso marco de partida.
Palmilhamos juntos a mesma estrada.
Eu era moça.
Sentia sem saber
seu cheiro de terra,
seu cheiro de mato,
seu cheiro de pastagens.
É que havia dentro de mim,
no fundo obscuro de meu ser
vivências e atavismo ancestrais:
fazendas, latifúndios,
engenhos e currais.
Mas… ai de mim!
Era moça da cidade.
Escrevia versos e era sofisticada.
Você teve medo. O medo que todo homem sente
da mulher letrada.
Não pressentiu, não adivinhou
aquela que o esperava
mesmo antes de nascer.
Indiferente
tomaste teu caminho
por estrada diferente.
Longo tempo o esperei
na encruzilhada,
depois… depois…
carreguei sozinha
a pedra do meu destino.
Hoje, no tarde da vida,
apenas,
uma suave e perdida relembrança.
Cora Coralina
Cora Coralina, pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, foi uma poetisa e contista brasileira.
Nascimento: 20 de agosto de 1889, Goiás
Falecimento: 10 de abril de 1985, Goiânia, Goiás
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