Morri contigo.
Como uma folha
Que seca no outono,
Esvoaçando
Antes de atingir o chão.
Morri quando morreste
E não ressuscitei.
Presa ao teu amor,
Deixei contigo a minha alma,
Serena e calma.
E voltei dessa morte.
Retomei a vida,
Mas nunca mais vivi.
Fiquei amarrada,
Ao que fomos,
A tudo o que poderíamos ter sido,
Aos sonhos por realizar,
Às promessas por cumprir,
Aos espaços por suprir.
Nesta aparência de vida
Pesa a tua ausência,
O silêncio da tua voz.
E eu, perdida, sem rumo,
Abandono o que fomos,
O que não posso ser sem ti.
Desencontro-me do mundo.
Caio num poço sem fundo.