DESCULPA
Desculpa a insistência, a falta de paciência
esta minha impertinência que precisa te sugar
que necessita te engolir, p’ra suprir tamanha ausência
em supremo desejo de ao teu lado estar
Desculpa minha embriaguez, a falta de lucidez
é que o desencanto de ser banida em frio canto
abriu profunda ferida nos brios da sensatez
e rios torpes de pranto são lastimas do meu espanto
Desculpa a língua solta, os verbos que proferi
Senti o peito rasgado, meu sentimento ultrajado
E as rimas que construí pensando ser indigna de ti
Desculpa muito elogiar, a idolatria, o intenso querer
meu mau jeito de achá-lo sempre perfeito
de amar mais do que devia e acabar por te perder
©Siomara Reis Teixeira