Um dia alguém disse
Que o poeta era um “homem comum”.
Engano!
Ele tem a capacidade
De espaçar o tempo
Tecer a teia
Dilacerar feridas sem abrir a boca
É uma espécie rara que faz do caminho
Um atalho com seus próprios sonhos
E dos temores, as portas para o mundo
Pula uma ponte, um muro
E voa!
O poeta é eterno
E fala palavras
Que só os espíritos entendem!
(A.D.)