Sorridente, ao nascer do dia,
Ele sai de casa com sua rede.
Vai caçar borboletas, mas fica preso
à frescura do rio que lhe mata a sede ou ao encanto das flores do prado.
vê tanta beleza à sua volta que esquece a rede em qualquer lado e antes de caçar já foi caçado.
A noite, regressa e a casa cansado e estranhamente feliz
porque a sua caixa estava vazia, mas diz sempre suspirando:
Que grande caçada e que belo dia!
Antes de entrar, limpa as botas num tapete de pelos compridos e sacode distraído
as muitas borboletas de mil cores que lhe pousaram nos ombros, nos cabelos.